segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

4) EUA X AQUECIMENTO GLOBAL


Sempre que o mundo se reúne para discutir o aquecimento global, a pergunta que todos fazem é: Os Estados Unidos vão assinar algum protocolo? Muitos intelectuais do mundo imaginavam que essa possibilidade ocorreria, mesmo que timidamente com o atual presidente Barack Obama, mas tiveram suas expectativas frustradas.

Da outra ponta, a poderosa parcela da sociedade conservadora americana, vem organizando um movimento em defesa dos Estados Unidos, ressuscitando um movimento nacionalista, nascido quando ainda era colônia da Inglaterra, que entabulou uma política perversa na regra de exportação do Chá, tal qual os portugueses fizeram com a nossa cana-de-açúcar, pau-brasil e ouro.

Diferentemente do que aconteceu nas colônias portuguesas e espanholas, a progressista colônia inglesa já tinha uma sociedade civil organizada que se rebelou e iniciou um movimento denominado “Tea Party”, e tomou dimensão tão poderosa, que resultou na independência americana e instituição do primeiro governo republicano do planeta.

Se as colônias ibéricas (colônias de exploração) ficaram passivas diante o desfalque de produtos precisos como a cana-de-açúcar, pau-brasil e ouro, a colônia anglo-saxônica (colônia de povoamento) se organizou e se rebelou por causa de uma manobra inglesa que visava espoliar uma simples erva mate.

Se enquanto colônia a sociedade americana já era forte o suficiente para peitar a poderosa Inglaterra, imagine-se agora como o país mais rico do mundo. Se a erva-mate foi suficiente para mexer com o brio americano, imagine-se agora se vão brincar com sua estabilidade econômica e em conseqüência sua supremacia bélica.

Se para o mundo Barack Obama está deixando a desejar, para o “partido do chá” (que reúne americanos de todos os segmentos) o presidente americano está balbuciante e pondo em risco a economia e supremacia americana.

O fato é que dentre os países que participam de fóruns mundiais como o de Kyoto, de Davos e de Copenhague, muitos são anti americanos e estão lá mais para buscar uma fórmula legitimada para enfraquecer os Estados Unidos do que para melhorar o planeta terra. E pior, contam com bobos da corte como Lula para fazer coro a um discurso falacioso.

Barack Obama ao assinar protocolos de compromissos como os sugeridos em Copenhague, contribuiria com o planeta, mas colocaria seu país em risco.

Conta-se nos dedos de uma mão os países que não toleram a corrupção e enfrentam o problema com rigor, e não é por outro motivo que são justamente esses países que estão na galeria das grandes potências, e que por força de seus crescimentos poluem o meio ambiente.

Ao abrirem mão de seu crescimento e estancarem o desenvolvimento, criarão crises e instabilidades tão severas e devastadoras, muitas vezes maiores que o próprio tsunami. Sem contar que fragilizariam seu poder bélico, dando vazão a muitos países corruptos e ditadores a produção de armas nefastas e em conseqüência o controle da situação. E estes, nem fórum em Copenhague permitiriam, nem internet, nem informação.

As tecnologias e as armas de guerras existem e sempre existirão daqui para frente, esteja na mão dos americanos, dos japoneses, de chineses, de italianos, de russos ou de alemães. O problema é que os outros países acima citados já estiveram sob jugo de ditadores tiranos, enquanto os Estados Unidos nunca teve.

Imaginem o poder econômico e bélico americano sob o comando de Hitler, Mussolini, Mao Tse Tung, Napoleão, Lênin ou do neo tirano Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã? Possivelmente a fórmula que encontrariam de diminuir o aquecimento global seria bem prática, ou seja, exterminar três quartos da população mundial, ou mais.

Se o aquecimento global vai dizimar metade, dois terços ou três quartos dos habitantes do planeta ninguém sabe, mas caso ocorra, os Estados Unidos e os demais países desenvolvidos e democráticos do mundo primarão por não retroceder à tirania medieval, adaptando-se à nova ordem sem os traumas impostos por ditadores intolerantes.

Os colonos americanos que organizaram o “Tea Party” em 1773 fundaram o primeiro estado republicano do mundo e desde então nunca tiveram um ditador comandando os Estados Unidos. Nesses 237 anos viram sucumbir movimentos extremamente fortes como o marxismo soviético e a intolerância nazista. O aquecimento global impõe novas regras no tabuleiro do xadrez geopolítico mundial e cabe ao jogador Barack Obama comandar essas complicadas peças. Quem viver verá.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

3) DEUS X RELIGIÃO

No filme Náufrago, maravilhosamente interpretado por Tom Hanks, um homem que vivia no olho do furacão do mundo capitalista, de uma hora para outra se viu náufrago em uma ilha distante, após a queda de um avião da FEDEX (Federal Express, os Correios americano).

Além de demonstrar que o homem só na ilha volta ao status primitivo, o filme aborda com bastante competência a tão propagada relatividade do tempo, abordada por Albert Einstein, ícone da física do Século XX.

Se para o Chuck Noland (Tom Hanks), enquanto executivo da FEDEX, tempo valia dinheiro e não devia ser desperdiçado (ele desafiava os concorrentes colocando um relógio em determinadas encomendas para provar que chegava dentro do tempo combinado), quando se viu náufrago, o mesmo Chuck Noland percebeu que o mesmo tempo passava de forma implacável, independentemente da sua vontade, e que pequenas coisas como fazer o fogo, poderia durar alguns dias e até semanas.

E é justamente essa solidão de ver o tempo passar incondicionalmente, perceber que a noite vem e o dia vai da mesma forma, o homem tende a loucura, necessitando criar dogmas que lhe conforte diante da sua insignificância perante a natureza. O Dogma criado pelo naufrago foi uma bola da marca Wilson.

Wilson virou um personagem incontestável para aquele homem, ao ponto de ter chorado feito uma criança quando a bola se perdeu ao mar. Não fosse Wilson o naufrago possivelmente teria sucumbido, já que até pensou em praticar suicídio perante a indiferença da natureza ao seu problema.

É justamente essa indiferença da natureza que faz o homem criar suas superstições, incluindo ai as religiões. A ilha antes do naufrago era a mesma ilha, o mar era o mesmo mar, o céu e as estrelas idem e a chuva e outras intempéries ocorriam com ou sem o homem ali.

Substitua-se a ilha pelo planeta terra. Segundo a ciência (e eu acredito na ciência), o planeta tem aproximadamente 5 bilhões de anos, enquanto o universo teria 15 bilhões de anos depois do Big Bang.
Veja no youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=NDV2lnf3DHU
http://www.youtube.com/watch?v=bcU23hOPrvA&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=pxw3GY9mbY4&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=XsfCc-yRVmM&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=cblC3eZo3sw&feature=related







Para calcular a idade de uma rocha é preciso somar o tempo de sua formação no interior do planeta, o período de esfriamento (que pode chegar a 500 mil anos) e o tempo que ela leva para surgir na crosta.

Na datação de rochas os cientistas identificam em sua composição elementos radiativos. Sabe-se que todo elemento radiativo (isótopo instável) se transforma naturalmente em um isótopo estável.

O tempo máximo de transformação também é uma variável conhecida. Assim, é possível calcular a idade de uma rocha investigando quanto ainda resta do elemento radiativo. Explica-se: A desintegração radioativa de átomos instáveis funcionam como relógios do universo.

Cada isótopo instável de um elemento químico tem um período de tempo dentro do qual o número de átomos existentes se reduz à metade por desintegração radioativa. Dos 320 isótopos existentes na natureza, 40 são radioativos. A determinação radiométrica do tempo se distingue entre os relógios de ação demorada e os relógios de curto tempo.

Dentre os isótopos de medição de ação demorada estão o Urânio-Chumbo e Tório-Chumbo cujo tempo de redução à metade é de 4.47 bilhões de anos; 1,31 bilhões de anos para Potássio-Argônio e enormes 48,8 bilhões de anos o Rubidio-Estrôcio. Já a medição de curto prazo é feita pelo isótopo Carbono 14, onde a desintegração de metade de seus átomos acontecem em 5.730 anos.

Dentro desse e outros critérios mais complexos, calcula-se que o surgimento da vida se deu há 3 bilhões de anos e os antepassados do homo-sapiens teria surgido há aproximadamente 300 milhões de anos. Da mesma forma que a natureza estava lá antes do naufrago chegar na ilha, Deus também estaria antes do surgimento do universo.

Já a religião não tem mais que 10 mil anos de história registrada na idade moderna. Se o homem é criação de Deus, a religião é criação do homem, portanto distante daquele.

Tanto é verdade que outrora a religião apoiava a idéia em que a terra era o centro do universo. Homens da ciência diziam que não e provou-se que estavam certos. A religião apoiava a idéia de que a terra era plana. Homens da ciência diziam que não e provou-se que estavam certos.

Ouso dizer que Deus está ao lado da ciência e absolutamente equidistante da religião, tanto é que foram homens obstinados pelos estudos da natureza como Sócrates, Hipócrates, Newton, Torricelli, Baskara, Robert Boyle, Pascal, Copérnico, Da Vinci, Pitágoras, Kepler, Montesquieu, René Descartes, Beethoven, Thomaz Edson, Albert Einstein, entre tantos outros que ajudaram a melhorar nossas vidas e não os supostos profetas da religião.

Ao decifrar os movimentos cósmicos sem qualquer instrumento, descobrir fórmulas matemáticas irrefutáveis, teorizar o átomo sem qualquer microscópio, compor uma complexa melodia mesmo sendo surdo, dar as primeiras informações sobre as células e os microssomos, domar a eletricidade, formatar toda a informática a partir dos números binários, criar obras de artes imortais, esses homens nada mais fizeram que a manifestação divina através do conhecimento.

Por outro lado, a religião disseminou a discórdia, a intolerância, o preconceito, a ignorância e tantas outras maldades que manteve os homens na obscuridade e contra as descobertas acima elencadas. Parece até que a religião foi criação do diabo contra a obra de Deus.

O fato é que tanto o diabo como a própria religião são culturas humanas tal qual a bola Wilson do naufrago citado no começo do texto. Que venham as críticas e opiniões.